sábado, 2 de outubro de 2010

Doçura.

Minha criança,
doce e malvada.
Do teu ensinamento aprendi,
o pouco que era preciso.

Feiticeira,
eu sou tão sem freios.
Farsante e sem freios.
Assim, portas sempre serão fechadas.

Mas minha criança,
aprenda comigo,
Olhando em meus olhos.
Assassina minha.

As crianças precisam ensinar ao mundo!
Eu acho. Apenas.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Madrugada adentro ...

Noites acordado
e o incenso tão aceso,
quanto meu coração,
minha inspiração.
Vários roteiros
e a mesma direção.

Cinema nacional
e sua eterma reticência
permanencem no ar,
pra quem quiser desvendar.
Posso sentir o cheiro do trabalho
que isso vai causar.

''Essa mania de sugar você
vai me matar''
Maldtita forma de pensar!

Tanta libido
aplicada nos acordes
ressoaram pra mim.
Uma sinfonia sem fim.
Farei amor com Tom Jobim.

E a poesia fotógrafa emoções,
fusões e novas canções,
boas ou más intenções.
Serei soneto de Camões.

Álvares de Azevedo em teu perfil.
O meu desejo te seguiu.
E o equilíbrio que você demonstra ter,
já tem me feito enlouquecer.

Noites acordado ... Noites acordado.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Eu vou falar pra todo mundo!

Meu momento.
Tudo em seu tempo.
Sem mentiras, sem meias verdades.
Precisamos um do outro.

Meu momento.
Sem rimas, sem traumas.
Novos mundos.
Novas possibilidades.

Meu momento.
Mas eu ainda preciso beber do teu veneno.
Beber no cálice do teu encanto.
E ainda assim, fugir da tua profecía.

Meu momento.
Não quero o pecado,
Eu sou inteiro pecado.
Me absorva!

Meu momento.
Ó Deus, quem sou eu?
Quem quero ser?
Preciso de amor.
Disso eu sei!

Junho/2010 D.d.C

domingo, 20 de junho de 2010

Amor é bom quando distrai!

... é quando pinta a dor,
que o mundo fica escuro e sem saída.
O fim de tarde é o início de uma nova morte.
E estar vivo é tão sem brilho,
Brochante.

O amor é bom no verão,
todo perfume vira trilha de romance.
Tudo se renova: a pele, o pelo.
Tudo, tudo, tudo...
Exitante.

E no fim das contas,
os corações renascem.
E se fundem, se cruzam.
E formam um novo amor.
Brochantemente, exitante!

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Ou, ou, ou, ou nada mudou !



"Essas pessoas da sala de jantar, são ocupadas em nascer e morrer".
Reza a minha lenda, que os tropicalistas tinham razão!
E o pior de tudo é, que tanto a lenda (a minha), quanto os versos de Panis et circenses,
continuam atuais, assim como os lampenjos de ''alegria'' impressos nos samplers do Rebolation e de toda
a variedade nutricional das mulheres com nomes de frutas.
Fora os novos artistas, que embreagados pelo complexo da pseudo-intelectualidade, chegam a acreditar
na relevância de seus trabalhos.
O fato é, que nos anos 60, Paranhos Fleury e toda corja militar eram os responsáveis pela tortura aos idealistas, hoje,
os próprios ideais soam como tortura.
Loucos tempos modernos.

D.d.C Junho/2010

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Os 1O mais do BRock 80.

Tentando evidenciar minha paixão pelo jornalismo musical, me submeti a uma semana de análises e consultas ao material de música que possuo.
E como, pretensiosamente me defino um conhecedor da música rock feita no Brasil nos anos 80 (mesmo tendo nascido em 1991), resolvi fazer uma lista dos melhores discos do BRock 80.
Me sinto apto pra falar à respeito. E deixo desde já bem claro, que essa lista não definirá os melhores baseada na idéia pré-conceituosa dos ''culturalmente favorecidos'', que desprezam a originalidade e a qualidade do artista, pelo simples fato de sua popularidade.
Usei de critérios pessoais e, relativamente técnicos para essa seleção. Sendo assim, vamos à lista!



Lançado em 1984/85, ''Batalhões de estranhos'', é o segundo disco da banda Bahiana, Camisa de Vênus.
Liderado pelo vocalista-letrista-profano Marcelo Nova, o Camisa adentrou literalmente no seio do expansivo do Rock Brasil com esse disco, que contém a faixa clássica, ''Eu não matei Joana D'Arc''. Dessa forma, acaba levando a honrosa décima posição de nosso Ranking.





Antenada, poética e pioneira da New Wave no Brasil, a <Gang 90 e as Absurdettes,abriram as portas para que toda uma geração podesse se expressar, canalizando suas idéias dentro do espírito do rock and roll. Fundada e liderada pelo jornalista-poeta Júlio Barroso, falecido em 1984, a Gang 90 teve grande visibilidade com seu disco de estréia, ''Essa Tal De Gang 90 & As Absurdettes'' lançado em 1983. Contendo sucessos como ''Perdidos na selva'' ''Nosso louco amor'' e a gênial ''Telefone'', leva pra casa a nona posição de nossa lista.




Uma das mais elogiadas bandas paulistas de todos os tempos. o Ira! lançou 1985 ''Mudança de comportamento'', e abandonou (temporáriamente) o cénario underground.
Com o Hit ''Núcleo Base'', se tornou popular, e com a polêmica ''Pobre Paulista'' reverênciada. Por conter essas pérolas, esse disco leva pra sí a oitava posição desse ranking.




Bem humorados, irônicos e sobretudo, inteligentes, o Ultraje a Rigor usava de letras com duplo sentido, para definir uma estética que camuflava (mas não ofuscava) o talento de Roger Rocha Moreira para compor. Com o clássico, ''Nós vamos invadir sua praia'' lançado em 1985, o Ultraje implacou 7 hits nas paradas de sucesso. Destaque para a faixa titúlo, ''Eu me amo'', ''Min quer tocar'' e ''Inútil''. Sétimo lugar para esse grande disco!




Na sexta posição de nosso ranking, aparece o magnífico Lobão, com seu sensacional disco gravado junto aos ''Ronaldos''. ''Ronaldo foi pra guerra'' de 1984, define em acordes, timbres e letras, a essência da New Wave do Lobão oitentista. Porém, o Lobão pós-oitentista, renega esse disco fundamental em sua carreira, que com ''Me Chama'', ''Corações Psicodélicos'' e ''Abalado'' se caracteriza como um dos mais importantes do rock brasileiro.




Ocupando a quinta posição dessa lista, estão os Gauchos dos Engenheiros do Hawaii com sua obra prima, ''A Revolta dos Dândis'', segundo disco da banda, lançado em 1987.
Liderados pela métrica das letras ''messiânicas'' de Humberto Gessinger, os Engenheiros encontraram já em seu segundo disco, um equilíbrio entre sucesso de público e critíca. Destaque para ''Terra de Gigantes'', ''Refrão de Bolero'' e o clássico, ''Infinita Highway''



Sob efeitos de sintetizadores chega na quarta posição, o RPM.
''Revoluções por minuto'', disco que marcou a estréia da banda brasileira mais próxima de alcançar um sucesso ''beatlemaniaco''.
Paulo Ricardo, vocalista-baixista-letrista-sex symbol, encontrou junto com Luiz Schiavon, a fórmula para um sucesso exaustivo. ''Louras Geladas'' abriu o caminho para que o RPM se tornasse um recordista de vendas. Portanto, ''Revoluções por minuto'', fica com a quarta posição.



Gravado em junho de 1984, o Passo do Luí, é o segundo disco dos Paralamas do Sucesso.
Esse disco impulsionou os Paralamas ao Rock in Rio I. ''Óculos'', ''Meu erro'' e ''Romance Ideal'', são uns dos grandes Hits desse disco, que leva a medalha de bronze!



É revestida de muita poesia a segunda colocação. ''Ideologia'', Cazuza.
Com pressa para produzir, Cazuza gravou a grande obra de sua carreira em 1988.
Já consciente de sua condição como soropositovo, mandou o Brasil mosrtrar a cara.
Mesclando bossa nova com rock and roll, o disco mostra a cara da música do Poeta.
''Faz parte do meu show'' foi talvez o grande sucesso de público do disco.



E, liderando o ranking dos grandes discos do BRock está, - Legião Urbana Dois - de 1986.Poesia, lirismo e simplicidade, fazem desse disco, talvez a mais expressiva das obras do Rock Brasileiro. O disco marca também, a descoberta de um novo mito musical, Renato Russo.
''Quase sem querer'', ''Eduardo e Mônica'', ''Índios'' e o hino, ''Tempo perdido'', são faixas que recheiam de mágia essa obra prima de gênialidade.

Por fim, declaro que essa lista foi feita sob meus critérios, logo, nada oficial.

Vida Longa ao Rock Brasileiro!

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Desde o começo.

Por alguns poucos anos e meses de minha ainda curta vida, participei ativamente de uma banda, na qual funcionei como vocalista, e letrista das canções.
Tempo vai, brigas vêm, a banda se dissolve. No entanto, minha sêde de cantar, compor e expor minha arte não se conteve. Sigo em frente.

Defendendo a idéia de respeito pelas pessoas, consulto a fresca memória de minha ex-banda, para fazer, a primeira de minhas postagens.

Frente e verso - Temos muito por fazer -

Letra : David di Castro
Música: Luciano Gibi/ David di Castro

O som das naves, não exita mais
Foi quase tudo desvendado.
Outros planetas, sob um novo olhar,
o que diria Galileu?

Quando soubesse dos bens de marte,
do gelo que vem do norte.
Das folhas secas, dos grãos escassos,
da linguagem da moda.

E da ausência de novos termos,
que expliquem o que acontece.
E o que acontece, não é tão certo,
assim como parece.
Como devia parecer, ao menos pra você?

Promessa e fato, não convecem mais.
Já não cumpriram no passado,
E o que virá, desmistificará,
teremos mais que o combinado.

Mais que um acordo, um plano novo,
um longo acerto entre amigos.
Algo mais longe de longo acerto,
acima dos inimigos.

Que una mais, quem não entende,
que é preciso estar junto.
E que a distância se torne fava,
sorriremos disso tudo.
Temos muito por fazer, fazer acontecer!

Canção Gravada pelo H.E.D em abril de 2009...